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Thomas Pynchon parodia hardboiled em romance psicodélico

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No prefácio para edição nacional de “O Falcão Maltês” (Editora Brasiliense, 1984, 193 páginas), o jornalista e tradutor da obra, Ruy Castro, escreveu: “Para ler e adorar o Falcão Maltês, o leitor adulto e experiente só precisa possuir um atributo: saber ler. A linguagem de Dashiell Hammett é seca como um martini, exatamente como seus personagens”. Vício Inerente (Cia das Letras, 2010, 459 páginas), do romancista Thomas Pynchon, não subverte as especificidades de O Falcão Maltês, mas parodia as premissas abstraídas desta e de outras obras criadas pelo próprio Hammett, como também aquelas inventadas por Raymond Chandler e James M. Cain (Hammett e Chandler são explicitamente mencionados na obra). Premissas que formam o gênero hardboiled: a luta do detetive durão, cínico e implacável contra a corrupção social e sistemática que degrada a sociedade. A paródia pode ser basicamente definida como uma imitação satírica. Larry “Doc” Sportello, o protagonista de Vício Inerente, é até cínico, mas e